Ação
Com recursos do brechó jurídico, Renascer inaugura ala feminina
Iniciativa do Poder Judiciário possibilitou ampliação das vagas para 50 pessoas
Divulgação -
Duas iniciativas que nasceram no mesmo ano e, após dez anos, se encontraram. Na tarde de quinta-feira (29), a Comunidade Terapêutica Renascer, que atende dependentes químicos de toda a região, inaugurou o novo alojamento feminino. A estrutura foi construída com recursos do Brechó Jurídico e possibilitou o aumento da cobertura para 50 pessoas. Atualmente, são 29 os acolhidos.
O Brechó Jurídico foi criado com o objetivo de arrecadar fundos para entidades pelotenses. A última edição, a quinta, ocorreu em novembro de 2018 e captou R$ 291 mil, superando a expectativa de R$ 180 mil. Em abril, foi a vez da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Pelotas ser contemplada. Através do brechó, foi construída uma sala lúdico-pedagógica. A ajuda se estendará também a órgãos como a Santa Casa de Misericórdia, o Hospital Beneficência Portuguesa, o Instituto Lar de Jesus, a Escola Louis Braille, a Cooperativa de Catadores da Vila Castilhos e a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados de Pelotas (Apac). A próxima edição deve acontecer em 2021.
A Comunidade Terapêutica Renascer tem a mesma idade. A casa surgiu com a intenção de contribuir para a recuperação e reinserção de dependentes químicos através do tripé oração, trabalho e disciplina. Com média de 25 a 30 internos, abriga atualmente 29 pessoas. O atendimento feminino começou em 2012 e até então não tinha uma ala específica. De acordo com a Juíza do trabalho e coordenadora da iniciativa, Ana Ilca Saafeld, a escolha pela instituição se deu exatamente por essa necessidade. A parceria com o Brechó Jurídico rendeu ao Renascer R$ 27.834,35 oriundos de um excedente da edição de 2015.
Com o recurso, foi possível construir uma nova ala feminina. De alvenaria, ao invés da madeira, material atualmente utilizado e de curta vida útil. Também foram adquiridos itens para acabamento e banheiros, como vasos, pias e chuveiros. "Estávamos em uma situação precária. Dessa forma conseguiremos acondicioná-las melhor", comenta o diretor da comunidade terapêutica, Luciano Vargas. Com o aumento, a Renascer poderá atender 36 homens e 14 mulheres.
Vargas acrescenta que parcerias como essa são fundamentais para que a casa siga funcionando - existe ajuda do Poder Público, mas a ONG é mantida quase na totalidade por doações e ajudas das famílias dos residentes. Atualmente, a Renascer carece de recursos para compra de um novo carrinho de cortar grama e uym reboque para o transporte de doações de horti-fruti.
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